Se aguentássemos o que podemos ver...
 
os motores a nos pôr 
malucos,
 
amantes enfim se odiando;
 
subindo em 
direção às nossas mentes;
 
flores apodrecendo, moscas presas nas 
teias;
 
revoltas, rugidos de leões enjaulados,
 
palhaços fazendo amor com 
notas de dólar;
 
nações movendo gente como peões;
 
ladrões à luz do dia com 
maravilhosas
 
A relva que morre, fogos de quarto de dólar
 
homens 
velhos o suficiente para amar a cova.
 
Essas coisas, e outras em 
essência
 
mostram a vida oscilando sobre um eixo podre.
 
Mas elas nos deixam 
um pouquinho de música
 
e um show apimentado na esquina
 
um trago de scotch, 
uma gravata azul. 
 
um pequeno volume com poemas de Rimbaud,
um cavalo correndo como se o demônio lhe torcesse o rabo
 
sobre os capinzais gritando, e então
 
como um bonde dobrando a esquina
 
a água atravessando o lago
 
e verão e inverno e inverno e verão
 
Sim, Gostei!